terça-feira, 8 de setembro de 2015

FIBROMIALGIA: Como sua alimentação pode ajudar?

Se todos os músculos de seu corpo parecem doloridos ultimamente, é possível que você tenha fibromialgia. Esse quadro é mais comum em mulheres de 20 a 50 anos, embora possa acometer qualquer pessoa, não importando a idade.
Definida como doença reumática a fibromialgia caracteriza-se por dor muscular generalizada e cansaço. Aparece especialmente no pescoço, coluna, ombros e quadris. De manhã, a pessoa que sofre da doença frequentemente se sente exausta e com os músculos doloridos ou com pontadas de dor, que tendem a melhorar no decorrer do dia. Os sintomas podem ser constantes ou sumir durante meses seguidos, para depois voltarem a aparecer. Como os exames de sangue e de raio x não apresentam alteração pode ser difícil diagnosticar a fibromialgia. Os médicos costumam comprimir áreas específicas no corpo (denominadas pontos de hipersensibilidade) e a pressão é tão dolorosa que a pessoa tende a esquivar-se ou gritar. O diagnóstico da fibromialgia é feito quando o cansaço e a dor muscular persistem por 3 meses e não são associados a outra causa com sintomas semelhantes, como a síndrome da fadiga crônica ou a depressão.

Preste atenção aos sintomas:
- Rigidez muscular crônica (pior de manhã) durante três meses consecutivos;
- Sensibilidade em 11 de 18 pontos específicos do corpo, denominados pontos de hipersensibilidade, como na base do crânio e do pescoço, ombros, costelas, região superior do tórax.
- Qualidade do sono ruim.
- Cansaço (crônico ou ocasional), mesmo depois de dormir bem.
- Depressão, frequentemente com ansiedade.
- Dores de cabeça.
- Dificuldades de memória, concentração e coordenação muscular.

O que causa?
A causa da fibromialgia é desconhecida. Porém, considerada de fundo psicológico, a doença é atualmente atribuída por alguns pelos baixos níveis de serotonina, uma das substâncias químicas que transmitem mensagens para o cérebro pelo sistema nervoso. A falta de serotonina pode produzir diretamente a dor muscular ou, mais provavelmente, interferir no sono, intensificando desse modo a dor. Além disso, gripes muito fortes, lesões físicas, debilidade do sistema imunológico ou estresses psicológicos duradouros já foram associados à doença. A fibromialgia também parece estar diretamente vinculada à síndrome da fadiga crônica e as duas podem aparecer juntas.

Como a alimentação pode ajudar?
- Óleos de ômega 3: aliviam a dor muscular persistente que está associada à inflamação. Consumo excessivo de ômega 6 (encontrados em óleos vegetais e em fast food) e carência de ômega 3 (EPA e DHA) podem, segundo alguns estudos, estimular a inflamação e dor. São encontrados em nozes, sementes de linhaça e de peixes gordurosos (cavala, salmão e sardinha). A inclusão de tais alimentos combinada a um menor consumo de ômega 6 pode ser eficiente.

- Triptofano: é um aminoácido necessário para a liberação de endorfina, um dos componentes analgésicos naturais do organismo. Ele também é necessário para a produção de serotonina, um neurotransmissor cerebral que reduz a tendência de sentir dor. Pode ser encontrado na carne bovina (músculo), lentilha, feijão branco, gema de ovo, castanha do pará, nozes, grão de bico, arroz integral, amaranto, banana, quinoa, tofu, amêndoas, amendoim, sementes de abóbora, sementes de gergelim e tahine (pasta feita de semente de gergelim).

- Magnésio: é importante na obtenção de energia e no relaxamento muscular. Muitas pessoas com a doença têm deficiência de magnésio. Pode ser encontrado nas verduras, leguminosas, cereais e pães integrais, carnes, peixes, aves e ovos, espinafre, feijões e vagens, castanha do pará, semente de girassol e de gergelim, nozes, pinhão, amendoim, tofu.

- Vitamina C, extrato de semente de uva: protege as células musculares de lesões, além de serem poderosos antioxidantres. A vitamina C é encontrada em frutas e vegetais, como brócolis, couve, tomate, amora, goiaba, kiwi, manga, laranja, abacaxi, pimentão, acerola. O extrato de semente de uva é encontrado em casas de produtos naturais.

- Evite cafeína, álcool e açúcar (causas frequentes de fadiga).

O consumo de uma alimentação balanceada, evitando excesso de cafeína (refrigerantes à base de cola, café, chás pretos) e reduzindo o estresse, pode favorecer e reduzir os sintomas.

- Em vez de sobrecarregar ainda mais musculatura cronicamente dolorida, o exercício aeróbico pode, ao contrário, ajudar a aliviar os sintomas de fibromialgia, segundo um estudo recente. Quando combinados a técnicas de controle do estresse, 45 minutos de exercícios, 3 a 5 vezes por semana aliviam a dor e o cansaço. Se no momento não estiver fazendo exercícios físicos suficientes, comece devagar, até atingir sessões de 45 minutos.

- Faça pequenas refeições ao dia a fim de garantir o suprimento uniforme de proteína e carboidrato para o funcionamento adequado dos músculos.

- Tome banhos ou chuveiradas quentes (especialmente de manhã) para aliviar as dores, melhorar a circulação e aliviar a rigidez.

- Utilize os serviços de um massoterapeuta com experiência em fibromialgia.

- Durma pelo menos 8 horas por noite.

Receitas que curam

Salada mista

Ingredientes:
2 xícaras de couve picadinha
1 xícara de tomate picadinho
½ xícara de salsinha picadinha
2 xícaras de almeirão picadinho

Tempero:
1/3 de xícara de castanha do pará
½ xícara de chuchu cozido
Sal, limão e azeite (pouca quantidade) a gosto.

Modo de fazer:
Bata a castanha do pará com o chuchu e o azeite no liquidificador. Acrescente sal e limão e cubra os outros ingredientes.


Um comentário:

  1. Essa gatinha foi show...rs. Conforme fui lendo, pareciam meus sintomas, mas ainda não estão crônicos, por isso acho que ainda não é fibromialgia. Mesmo assim, é bom ficar atenta e ingerir esses alimentos para prevenir, né?

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