Se todos os músculos de seu
corpo parecem doloridos ultimamente, é possível que você tenha fibromialgia.
Esse quadro é mais comum em mulheres de 20 a 50 anos, embora possa acometer
qualquer pessoa, não importando a idade.
Definida como doença
reumática a fibromialgia caracteriza-se por dor muscular generalizada e cansaço. Aparece especialmente no
pescoço, coluna, ombros e quadris. De manhã, a pessoa que sofre da doença
frequentemente se sente exausta e com os músculos doloridos ou com pontadas de
dor, que tendem a melhorar no decorrer do dia. Os sintomas podem ser constantes
ou sumir durante meses seguidos, para depois voltarem a aparecer. Como os
exames de sangue e de raio x não apresentam alteração pode ser difícil
diagnosticar a fibromialgia. Os médicos costumam comprimir áreas específicas no
corpo (denominadas pontos de hipersensibilidade) e a pressão é tão dolorosa que
a pessoa tende a esquivar-se ou gritar. O diagnóstico da fibromialgia é feito
quando o cansaço e a dor muscular persistem por 3 meses e não são associados a
outra causa com sintomas semelhantes, como a síndrome da fadiga crônica ou a
depressão.
Preste
atenção aos sintomas:
-
Sensibilidade em 11 de 18 pontos específicos do corpo, denominados pontos de
hipersensibilidade, como na base do crânio e do pescoço, ombros, costelas,
região superior do tórax.
-
Qualidade do sono ruim.
-
Cansaço (crônico ou ocasional), mesmo depois de dormir bem.
-
Depressão, frequentemente com ansiedade.
-
Dores de cabeça.
-
Dificuldades de memória, concentração e coordenação muscular.
O
que causa?
A causa da fibromialgia é
desconhecida. Porém, considerada de fundo psicológico, a doença é atualmente
atribuída por alguns pelos baixos níveis
de serotonina, uma das substâncias químicas que transmitem mensagens para o
cérebro pelo sistema nervoso. A falta de serotonina pode produzir diretamente a
dor muscular ou, mais provavelmente, interferir no sono, intensificando desse
modo a dor. Além disso, gripes muito fortes, lesões físicas, debilidade do sistema imunológico ou
estresses psicológicos duradouros já foram associados à doença. A
fibromialgia também parece estar diretamente vinculada à síndrome da fadiga
crônica e as duas podem aparecer juntas.
Como
a alimentação pode ajudar?
-
Óleos de ômega 3: aliviam a dor muscular persistente que está
associada à inflamação. Consumo excessivo de ômega 6 (encontrados em óleos
vegetais e em fast food) e carência
de ômega 3 (EPA e DHA) podem, segundo alguns estudos, estimular a inflamação e
dor. São encontrados em nozes, sementes
de linhaça e de peixes gordurosos (cavala, salmão e sardinha). A inclusão
de tais alimentos combinada a um menor consumo de ômega 6 pode ser eficiente.
-
Triptofano: é um aminoácido necessário para a liberação de
endorfina, um dos componentes analgésicos naturais do organismo. Ele também é
necessário para a produção de serotonina, um neurotransmissor cerebral que
reduz a tendência de sentir dor. Pode ser encontrado na carne bovina (músculo), lentilha, feijão branco, gema de ovo, castanha
do pará, nozes, grão de bico, arroz integral, amaranto, banana, quinoa, tofu,
amêndoas, amendoim, sementes de abóbora, sementes de gergelim e tahine
(pasta feita de semente de gergelim).
-
Magnésio: é importante na obtenção de energia e no relaxamento
muscular. Muitas pessoas com a doença têm deficiência de magnésio. Pode ser
encontrado nas verduras, leguminosas,
cereais e pães integrais, carnes, peixes, aves e ovos, espinafre, feijões e
vagens, castanha do pará, semente de girassol e de gergelim, nozes, pinhão,
amendoim, tofu.
-
Vitamina C, extrato de semente de uva: protege as células
musculares de lesões, além de serem poderosos antioxidantres. A vitamina C é
encontrada em frutas e vegetais, como brócolis,
couve, tomate, amora, goiaba, kiwi, manga, laranja, abacaxi, pimentão, acerola.
O extrato de semente de uva é encontrado em casas de produtos naturais.
-
Evite cafeína, álcool e açúcar
(causas frequentes de fadiga).
O
consumo de uma alimentação balanceada,
evitando excesso de cafeína (refrigerantes à base de cola, café, chás
pretos) e reduzindo o estresse, pode
favorecer e reduzir os sintomas.
- Em vez de sobrecarregar
ainda mais musculatura cronicamente dolorida, o exercício aeróbico pode, ao contrário, ajudar a aliviar os sintomas de fibromialgia, segundo um estudo
recente. Quando combinados a técnicas de controle do estresse, 45 minutos de
exercícios, 3 a 5 vezes por semana aliviam a dor e o cansaço. Se no momento não
estiver fazendo exercícios físicos suficientes, comece devagar, até atingir
sessões de 45 minutos.
- Faça pequenas refeições ao dia a fim de garantir o suprimento uniforme
de proteína e carboidrato para o funcionamento adequado dos músculos.
- Tome banhos ou chuveiradas
quentes (especialmente de manhã) para aliviar as dores, melhorar a circulação e
aliviar a rigidez.
- Utilize os serviços de um
massoterapeuta com experiência em fibromialgia.
- Durma pelo menos 8 horas por noite.
Receitas
que curam
Salada
mista
2
xícaras de couve picadinha
1
xícara de tomate picadinho
½
xícara de salsinha picadinha
2
xícaras de almeirão picadinho
Tempero:
1/3
de xícara de castanha do pará
½
xícara de chuchu cozido
Sal,
limão e azeite (pouca quantidade) a gosto.
Modo de fazer:
Bata
a castanha do pará com o chuchu e o azeite no liquidificador. Acrescente sal e
limão e cubra os outros ingredientes.